Encontros Ibéricos de Tradição e Cultura

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

II ENCONTRO IBÉRICO DE TRADIÇÃO E CULTURA 2009

O Grupo Etnográfico da Casa do Pessoal dos Hospitais da Universidade de Coimbra, vai realizar no dia 12 de Setembro próximo pelas 21h30m, no espaço circundante (praça) da Igreja de Santo António dos Olivais.


Este II Encontro Ibérico conta com a presença de Grupos vindos das regiões de Portugal nomeadamente do Alto Alentejo, o Rancho Folclórico "As Mondadeiras" da Casa Branca, Sousel, do Ribatejo, O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos, da Beira Litoral o grupo organizador, Grupo Etnográfico dos HUC e a Presença de um dos melhores grupos de Ourense e da Galiza, a Escola Provincial de Danza Castro Floxo de Ourense, Galiza, Espanha.


Este Encontro de Tradições, vai proporcionar ao público, cerca de duas horas de espectáculo de folclore onde as raizes tradicionais ibéricas vão estar bem vincadas através destes quatro embaixadore do folclore.


Antecede este espectáculo, uma Sessão de Boas-Vindas e Porto de Honra na Sede da Casa do Pessoal dos Hospitais da Universidade de Coimbra, pelas 18h00.


Este encontro, conta com o apoio da Casa do Pessoal dos HUC e da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, Coimbra.


Grupo Etnográfico dos H.U.C. - Beira Litoral


O Grupo Etnográfico da Casa do Pessoal dos Hospitais de Universidade de Coimbra, surge em Abril de 2003, por iniciativa da Casa do Pessoal dos HUC, no sentido de envolver os sócios em actividades culturais, nomeadamente a área da Etnografia e do Folclore. Tendo em conta algumas condicionantes a Casa do Pessoal decidiu fundar o grupo etnográfico, elegendo uma direcção para dirigir os seus destinos. O Grupo desde essa altura, tem desenvolvido um trabalho de investigação, recolha e pesquisa das tradições populares desde a região de Penacova passando por Coimbra até Montemor-o-Velho, área de abrangência dos HUC, particularmente no que respeita às danças, Cantares, músicas e trajos.Actualmente o Grupo Etnográfico é composto por cerca de 50 elementos sendo na sua maioria funcionários da Instituição e sócios da casa do pessoal.Representa Trajes dos Finais do Séc. XIX, na área do trabalho, temosa os trabalhadores agrícolas, barqueiro, lavadeira e moleirosa, ligados ao Rio Mondego, ainda, as vendedeiras ambulantes de água, de frutas e legumes, broa, melões, arrufadas de Coimbra, e a farrapeira, dos camponeses dos campos do mondego, aos futricas, romaria e feira.

O Grupo Etnográfico, tem participado em Festas e Romarias, assim como em Festivais Nacionais e Internacionais de Folclore de norte a sul de Portugal, ainda na Holanda, Espanha e Luxemburgo.

Em Abril de 2009 editou um CD denominado de "Sinais Autóctunes" que está à disposição de quem o quiser adquirir atravês dos mails: casapessoal@huc.mini-saude.pt ou grupo.etnografico.huc@gmail.com ou ainda pelos telefones:239 853 165 ou 927806097 por 10,00€ directamente na Casa do Pessoal dos HUC ou contra reembolso atráves dos CTT.


Rancho Folclórico "As Mondadeiras" da Casa Branca - Alto Alentejo





Alentejo
Extensa Planície ardente
De longas e lentas lonjuras
Seu doce falar dolente
Revela a alma da gente
A calma das amarguras

Casa Branca
Localizada numa extensa planície coberta por olivais, no fértil Vale de Freixo, junto à margem direita da Ribeira do Almadafe, a freguesia de Casa Branca dista doze quilómetros da Vila de Sousel. Foi Priorado curado e capelania da ordem de Avis.
Como monumentos de interesse tem a Igreja Matriz, um edifício do Sec. XVIII, consagrada a Nossa Senhora da Graça; A igreja de São Miguel, construção do Sec. XVII, apelidada de “Igrejinha” pela população desde que há memória. A ponte da Dourada ou Ponte de Pedra; A torre do Álamo, cuja arquitectura demonstra ser de finais do Sec. XV, e o Poço Largo este de construção mais recente já de do Sec XIX
A agricultura mantém-se como principal actividade económica, assente na exploração da vinha, olival (azeite), cortiça, tomate e cereais. A indústria lagareira tem um papel preponderante na economia da freguesia
“As Mondadeiras”
É neste enquadramento que o Rancho Folclórico “As Mondadeiras” assumindo-se como digno representante das tradições das gentes da nossa terra e num constante trabalho de pesquisa, recolha e preservação se propõe em cada actuação fazer uma pequena demonstração no que respeita essencialmente a trajes danças e cantares.
O Rancho Folclórico “As Mondadeiras” é composto por 44 elementos abrangendo os vários escalões etários, apresentou-se pela primeira vez a publico no dia 9 de Junho de 2002 na terra que o viu (re)nascer – Casa Branca. È filiado no INATEL e na Associação de Folcloristas do Alto Alentejo. Recorrendo-nos da parca mas preciosa herança legada pelo extinto Rancho Folclórico que tanto prestigiou a nossa terra na década de50/60 recuperámos o que nos foi possível e viável particularmente no que concerne as danças e cantares. Tradicionalmente canta-se a desgarrada em qualquer função ou trabalho, balham-se saias, mazurcas, chotices, “puladinhos” “e salto e bicos” – modas que sendo características do povo alentejano, muito ficam a dever a dolência que por anedota lhes é atribuída.
Representando a mondadeira, a ceifeira, a Amassadeira, a Azeitoneira… o Pastor e o Ajuda, o Ganhão, o Abegão, o Feitor, o Manageiro, o Carvoeiro, o Tirador de Cortiça o Forneiro, o Varejador…- em trajes de trabalho, que em pouco diferem consoante o tipo de serviço, distinguindo-se apenas uns dos outros, pelos utensílios característicos de cada actividade agrícola. Na aldeia, em domingos e dias santos, quem não vá para o campo, usa uma peça ou outra menos gasta e remendada, esmerada no asseio e aprumo. Evidenciando ao mesmo tempo as diferenças sociais e económicas da época que nos propormos representar (finais do Ses XIX- Inicio do Ses XX) temos os trajes ricos e abastados – Lavradores, Noivos e os Padrinhos. As crianças envolvidas neste projecto, estão trajada de acordo com a sua idade e a época representada. Crianças que de tenra idade começavam a trabalhar no campo, mas que também brincavam, cantavam e balhavam.


Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos - Ribatejo


O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos foi fundado em 1 de Maio de 1980.
Com o objectivo único de juntar algumas pessoas e formar um rancho, não houve nessa altura grandes cuidados etnográficos, tendo enveredado por uma formação estereotipada com o traje único do emblemático Campino, mantendo-se assim durante 2 décadas. No ano de 2000, o Rancho de Salvaterra encetou um rigoroso processo de reestruturação, e ao longo destes anos tem tentado recuperar tudo o que ainda é possível, com o intuito de poder representar, promover e divulgar as gentes de Salvaterra e suas vivências em finais do Século XIX, princípios do Século XX, preservando assim as danças, as cantigas, os trajes, a gastronomia, os jogos, as lendas, etc.
Os trajes deste Rancho estão estreitamente ligados às gentes do campo, pelas suas variantes de trabalho, domingueiros, e trajes de festa, nomeadamente trajes de ir à feira e o traje de gala do Campino.
Apostando cada vez mais na utilização dos instrumentos tradicionais, tais como o harmónio, a gaita-de-beiços e a concertina, tem este rancho vindo a conseguir aproximar dos sons que se faziam ouvir nos bailes ou noutras manifestações lúdicas dos nossos antepassados, através dos Fadinhos, Bailaricos, Verde gaios, Fandangos, etc.
Com uma certeza maior de estar a contribuir para a salvaguarda das suas tradições e a cumprir o seu papel, o Rancho de Salvaterra tem difundido por todo o país, incluindo as Ilhas, e também além fronteiras, a cultura Salvaterrense.

Escola Provincial de Danza Castro Floxo - Ourense - Espanha



A Escola Provincial de Danza-Castro Floxo é un grupo de danza folclórica que ten como principal obxectivo a recuperación, estudo, catalogación e difusión do folclore do seu país, Galiza.
Con esta idea, dende 1977, ano da fundación de Castro Floxo, os seus membros foron recorrendo a terra galega realizando un traballo de investigación que ten como resultado a posta en escena de bailes, músicas, cancións, vestuario e traballos tradicionais da nosa xente, mostrando ao público os máis auténticos costumes de Galiza.
Todas as actuacións que realiza a Escola Provincial de Danza-Castro Floxo, tanto na Galiza coma nos Festivais Internacionais de Folclore de todo o mundo nos que participa, son un tributo a todas aquelas persoas que souberon conservar e transmitir o noso patrimonio cultural e que dise modo, axudaron a que hoxe sega vivo. Esta é a razón, a de manter as nosas tradicións, pola que no ano 1984, a Deputación Provincial de Ourense creou a Escola de Danza, que ten máis de 300 alumnos na súa sé e conta con 30 delegacións en toda a provincia. Nesta escola, nenos, mozos e adultos estudan e aprenden sobre o folclore de Galiza.
No ano 2004, a Escola Provincial de Danza-Castro Floxo integrouse no recentemente creado Centro de Cultura Popular “Xaquín Lorenzo”, que ten a misión de coordinar as diferentes actividades que a Escola Provincial de Danza-Castro Floxo viña realizando no campo da etnografía: investigación, actuacións, publicacións, congresos, conferencias, festivais, obradoiros de xogos populares, obradoiros de oficios tradicionais, etc.
O repertorio da Escola Provincial de Danza-Castro Floxo procede das ensinanzas aportadas pola xente maior das pequenas aldeas galegas, preservando o seu estilo e sentimento. Todas as variantes musicais e bailes populares galegos (muiñeiras, jotas mazurkas, pandeiradas, carballesas, danzas procesionais e gremiais, etc) son interpretados cunha ampla e variada colección de traxes; dende o máis simple traxe de labrego até o máis elaborado e adornado traxe de gala de muller, confeccionados seguindo exemplos doutros traxes antigos, ben orixinais, ben copias de fotografías. A música é interpretada cos instrumentos tradicionais galegos: gaitas, acordeóns, bombos e tambores, e pandeiretas, que é o principal instrumento que acompaña as voces nas cancións.
Durante a súa dilatada historia, a Escola Provincial de Danza-Castro Floxo ten participado en festivais de todo o mundo, levando aos lugares máis dispares o folclore e a cultura tradicional do noso país. No seguinte listado, ofrecémoslles unha relación das actuacións máis importantes dos últimos anos:
PARTICIPAÇÕES:
USA - Branson – Missouri- Silver Dollar City CIOFF Festival
Bolivia - Cochabamba CIOFF Festival
Bolivia - Santa Cruz CIOFF Festival
Taiwan - Miao -Li CIOFF Festival
Belgium - Brussels
France - Paris
Slovakia - Priestany
Switzerland - Geneva
Switzerland - Lausanne
Brazil - Caruaru CIOFF Festival
Bulgaria - Stara Zagora
Russia - Yaroslav
Greece - Ioannina CIOFF Festival
Greece - Arideia CIOFF Festival
Italy - Agriggento-Sicilia CIOFF Festival
Portugal - Viana do Castelo
Portugal - Matosinhos CIOFF Festival
Portugal - Lamego-Penajoia
Italy - Pontelambro CIOFF Festival
Portugal - Vila Real CIOFF Festival
Portugal - Vinhó
Portugal - Porto- CIOFF Festival
Portugal - Lorvão-Coimbra
Portugal - Vila Nova Foz de Côa
Greece - Katerini- CIOFF Festival
Portugal - Silvares CIOFF Festival
Portugal - Ponte Lima CIOFF Festival
Portugal - Aveiro
Portugal - Braga
España - Segovia-CIOFF Festival
Poland - Wlodawa – CIOFF Festival
Poland - Zamosc – CIOFF Festival
Portugal - Monçao – CIOFF Festival